quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Juliano Gouvêa conversa sobre o lançamento do seu livro.

 
  
  Blog: Como você teve a idéia de escrever?
Desde pequeno, sempre criava situações em minha mente, historias, reflexões ou até mesmo uma piada, era bom em criar. Fiz Magistério para lecionar aulas,  gostava também de desenhar e escrever historinhas com pessoas que conviviam comigo. Criei o personagem Zeca Pedra premiado na Escola Estadual Professor Fábregas,Luminárias (MG) .
Um dia  comecei ter algumas idéias de uma ficção baseada em traumas, problemas da mente, vidas passadas, religiosidade. Foi quando  resolvi escrever um parágrafo do que tanto me intrigava, a partir desse momento  não parei de escrever e tudo fluiu de uma forma muito natural...
 
 
 
 
Blog: Qual a razão do título?
Ja na segunda página e a idéia formada na cabeça, resolvi usar esse nome, mas antes fiz uma pesquisa virtual para ver se ja tinha algum livro relacionado, como não tinha,  a usei. O personagem principal, praticamente renasce das cinzas, tal qual uma fênix....Conta a história de Thales que procura descobrir os motivos de  seu pesadelo interior, resultando numa  grande experiência pessoal. Uma trágica morte dá início a um drama onde no auge de suas emoções foi subitamente interrompido pelo destino. A história explora sentimentos como o amor e a saudade, que nos atormentam, mas que somos obrigados a conviver com eles. Um romance  que tem em seus mistérios revelações inesperadas com o objetivo de tocar o coração de cada um dos leitores.
 
 
 
Blog: Que público pretende alcançar?
De jovens a adultos, em todas as regiões do País, ou até fora. Principalmente pela particularidade da cidade citada no livro, onde nasci, Luminárias(MG), onde descrevo sua gente, alguns costumes ainda arraigados pela pequena sociedade local, ainda muito ligada as suas raizes culturais e religiosas.
 
 
 
 
Blog: Em que sua deficiência auditiva ajudou e em que ela te atrapalhou?
Ajudou, por que encarei como o principal desafio, antigo desde os tempos estudantis na escola pública, na minha pequena cidade de Luminárias. Então, por que não tentar uma área onde a gramática é o vilão para uma pessoa de minha natureza. Para ser sincero, aprendi a  lingua portuguesa usando fórmulas matemáticas, meio incompreensível para que escuta bem, mas foi o meu jeito de conseguir.
 E fiquei satisfeito de realizar esse livro por que nem eu mesmo sabia se seria capaz de criar uma história. E espero que isso incentive as pessoas, pois tudo é possivel, basta querer. Devo muito a algumas pessoas que tiveram a paciência de me ensinar, ja que estudava com o ensino tradicional, não se ouvia inclusão de todos, ou você aprendia, ou você era reprovado. E fui reprovado duas vezes em Português uma por total incompreensão da minha parte, a outra por total incompetencia, coisa de hormônios de adolescente.(rs)
Agora,  atrapalhar, ela só consegue onde o preconceito ofende a capacidade de substimar as pessoas com algum tipo de deficiência, você pode ter a absoluta certeza, que ela é totalmente produtiva em algo que ninguém possa nem imaginar.
 
 
Blog: Qual seu próximo projeto e o que planeja para o futuro
 
Lançar o segundo livro (Milagre Vermelho) no ano de 2010, terminar de escrever o meu terceiro livro ainda esse ano, e fazer curta metragem ou mesmo longa, uma ousadia, pretendo ser o diretor.  
 
 
 
Blog: Como conseguiu patrocínio?
 Eu tentei de tudo que uma pessoa com um manuscrito em mãos possa fazer, mandei para editora, participei de concursos, entre várias outras alternativas. Um costumeiro "NÃO" ecoava em minha cabeça. Então, um dia descobri um site www.livrovirtual.com,  onde o disponibilizei virtualmente e na a integra, chegando a ter mais de 13.000 acessos. Foi quando eu tive ideia de divulgar, até achar alguem que se interessasse.
Atraves de vários contatos apresentei meu trabalho a uma  sócia da empresa Bankers, onde houve reconhecimento do potencial até então repudiado por todos, e finalmente tudo começou a se materializar. Consegui o apoio cultural de mais duas empresas.. a Agência de Publicidade EU GOSTO, e o Colégio CRESCER, todas de Belo Horizonte, que acreditaram e investiram neste projeto, materializando meu sonho!
 
 
Blog: O que acha sobre a literatura no Brasil, os brasileiros tem acesso a este tipo de ferramenta cultural?Seja ela virtual ou não,  qual sua opinião..
Como eu disse a pergunta anterior, hoje em dia, a comunicação melhorou muito, aproximou as distância, em contrapartida distanciou as pessoas, eu digo isso em uma esfera virtual. Quem gosta de literatura, e não tem como adquirir um livro, encontra na internet quase tudo, e, com a proliferação de blogs e outros meios virtuais, a literatura hoje tem uma ampla divulgação, basta a pessoa aprender ligar o computador... Além disso, muitas editoras tem feito chegar as mãos das pessoas obras raras em edições de bolso, com custo ascessível. Creio que o livro no Brasil, ainda continua caro, e é necessário uma campanha efetiva para que os jovens leiam mais, busquem na leitura uma forma de aprendizado pleno, jamais encontrado de outra maneira.
 
Obrigado por tudo,
 
 
Juliano Gouvêa.


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