"Micropoderes, macroviolências"
chega ao Rio de Janeiro
organização não-governamental Viva Rio[1] promove, no próximo dia 25, o lançamento de Micropoderes, macroviolências na capital carioca. O livro, da jornalista baiana Suzana Varjão, (re)compõe a atmosfera de um centro urbano ainda dividido entre casas-grandes e senzalas, que a autora denomina de bolhas e vãos. É uma narrativa sobre a "guerra de lugares" – ou a "guerra das raças" – da sociedade brasileira. Uma história contada a partir do noticiário sobre violência dos três principais jornais impressos de Salvador.
Micropoderes, macroviolências será lançado em aula aberta do curso de pós-graduação Segurança Pública e Cidadania, organizado pela Viva Rio, na sede da organização, na Glória. A autora apresentará os dados da pesquisa que originou o livro, seguindo-se um debate com os alunos – em sua maioria, vinculados ao Sistema de Segurança Pública: policiais civis e militares, agentes da Guarda Municipal e da Polícia Federal.
Fruto de dissertação de Mestrado defendida no Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Micropoderes, macroviolências teve a publicação recomendada pela banca de doutores, pela importância social da pesquisa. Mas resulta, sobretudo, de sete anos de militância da autora no Movimento Estado de Paz (MEP) e no Fórum Comunitário de Combate à Violência (FCCV)[2]. E fecha um ciclo importante de sua luta em defesa dos direitos humanos.
Origem – O livro começou a ser esboçado a partir da morte da colunista de teatro Maristela Bouzas, seqüestrada, violentada e assassinada, no centro da capital baiana. Uma experiência traumática, que redefiniu a trajetória de vida da escritora, e se reflete no estilo da narrativa, que "trafega, de modo deliberadamente transparente, entre o dado e o protesto; o argumento e o fato; a descrição e a explicação; o discurso e a análise; o objetivo e o subjetivo; o sujeito e o objeto; os traços da academia e os rastros das ruas".
Com o aval do movimento social brasileiro, Suzana Varjão vem percorrendo o País, difundindo a pesquisa. Além do Fórum Comunitário de Combate à Violência e do Movimento Estado de Paz, a publicação conta com o apoio de organizações nacionais e internacionais, entre as quais, a Fundação Avina[3], o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)[4], a Agência de Notícias dos Diretos da Infância (ANDI)[5], a Cipó Comunicação Interativa[6], o Observatório de Favelas[7], o Instituto Sou da Paz[8], a Fundação AVSI[9] e a Rede Desarma, Brasil!
Outros lançamentos – Micropoderes, macroviolências já foi lançado em Salvador, São Paulo, Brasília e Pernambuco. Após o lançamento no Rio de Janeiro, a autora irá dedicar-se à realização de oficinas nas comunidades que mais sofrem violências em Salvador – para o que conta com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Governo do Estado da Bahia (Sedur)[10]. O objetivo é evidenciar as engrenagens (re)produtoras de violências físicas e simbólicas que estão provocando a diminuição da população masculina afro-descendente no País. Engrenagens que "Haiti", de Caetano Veloso e Gilberto Gil, expõe, de modo emblemático:
Quando você for convidado pra subir no adro
Da Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos, pobres como pretos,
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
Ficha Técnica
O quê: aula aberta e lançamento de livro.
Onde: Rua do Russel 76 – Glória.
Quando: 25 de julho de 2008, das 18h30min às 22 horas.
Título: Micropoderes, macroviolências.
Autora: Suzana Varjão.
Editora: Edufba.
Páginas: 214.
Informações/contatos: Tel.: (21) 2555-3769; (71) 8201-6388;
E-mails: e suzanav@atarde.com.br.
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A autora
uzana Varjão é Mestre em Cultura e Sociedade pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Escritora e jornalista, recebeu 27 prêmios de reportagem, entre locais, nacionais e internacionais – a maioria deles pela defesa dos direitos humanos. Após vinte anos de exercício profissional em A Tarde – dez dos quais editando o Caderno 2, dedicado ao noticiário sobre artes e variedades, deixou o jornal, em 2003, para dedicar-se ao trabalho de reflexão sobre as imbricações entre mídias & violências. É uma das fundadoras do Movimento Estado de Paz, que articula comunicadores em torno do debate sobre o tema, integra o grupo gestor do Fórum Comunitário de Combate à Violência e é membro da rede de lideranças sociais da Fundação Avina.
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A organização Viva Rio
Viva Rio é uma organização não-governamental, com sede no Rio de Janeiro, engajada no trabalho de campo, na pesquisa e na formulação de políticas públicas com o objetivo de promover a cultura de paz e o desenvolvimento social. Fundado em dezembro de 1993, por representantes de vários setores da sociedade civil, como resposta à crescente violência no Rio de Janeiro, o Viva Rio desenvolveu e consolidou uma ampla gama de atividades e estratégias bem sucedidas.
Fonte: www.vivario.org.br
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Opiniões:
Li o livro [...] e posso garantir que é um trabalho de pesquisa e análise impecável" (Kátia Borges, editora do jornal A Tarde, Salvador-Ba).
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Micropoderes demonstra que é possível associar ciência e militância" (Edgard Rebouças, professor da Universidade Federal de Pernambuco, co-editor da Revista da Intercom e coordenador do Observatório da Mídia Regional).
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Trata-se de uma análise que se constrói sobre farto material empírico e objetiva a compreensão de procedimentos que constituem o habitus jornalístico" (Tânia Cordeiro, professora da Uneb e gestora do Fórum Comunitário de Combate à Violência).
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É um livro generoso, que traz subsídios relevantes para as diversas áreas disciplinares nas quais se alimentou" (Eneida Leal Cunha, coordenadora do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura & Sociedade da Ufba e pesquisadora do CNPq).
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ENTREVISTA
Micropoderes, macroviolências
Nesta entrevista exclusiva ao escritor Carlos Ribeiro[11], a jornalista Suzana Varjão fala sobre Micropoderes, macroviolências, livro que recompõe a atmosfera de um centro urbano em guerra, por meio da leitura dos principais jornais da capital baiana. Lançada em Salvador, São Paulo, Brasília e Pernambuco, a publicação chega, no próximo dia 25, ao mercado editorial do Rio de Janeiro. Confira.
P – Em poucas palavras, do que trata Micropoderes, macroviolências?
R – Micropoderes, macroviolências é um livro sobre o inconsciente da comunicação. Sobre a produção automatizada de discursos. Sobre como se processa a geração de determinadas mensagens, independentemente da vontade objetiva do emissor, ou, neste caso, de quem escreve nos jornais. É um livro que explora e evidencia mecanismos invisíveis de estruturação de sistemas de classificação do mundo.
P – Quais são estes mecanismos e sistemas?
R – São mecanismos simbólicos, presentes em práticas, conhecimentos e sujeitos noticiosos. Engrenagens discursivas, incrustadas em diferentes instituições e campos de conhecimento e de ação social. Tecnologias de poder, que legitimam e naturalizam, por exemplo, a subdivisão dos homens em raças, classes...
P – Como você reconhece estas engrenagens?
R – Alguns destes mecanismos estão vinculados ao modo de coletar, organizar e difundir informações sobre violências. E podemos reconhecê-los de diversas maneiras, sob diferentes perspectivas, a partir mesmo de atos lingüísticos.
P – Atos lingüísticos?
R – Sim. Demonstramos, por exemplo, como o uso inadequado da língua pode fazer com que se perca o controle sobre o conteúdo de mensagens. Se você não tiver um domínio mínimo sobre o que chamo de atos lingüísticos, você pode desejar pedir aos brancos que respeitem os negros, mas acaba pedindo aos mais novos que respeitem os mais velhos...
P – Você está fazendo referência ao disco de Chico César?
R – Estou. Gosto de usar este exemplo, porque simplifica o raciocínio. Chico César apropriou-se do ditado popular "Respeitem meus cabelos brancos", em que uma pessoa exige respeito por ser mais velha. E, com uma única vírgula, o artista alterou completamente o sentido da frase.
P – Que vira "Respeitem meus cabelos, brancos".
R – Exatamente. Na apropriação de Chico César, quem emite a mensagem é um negro, exigindo das pessoas brancas respeito por seu estilo de cabelo, sua diferença. Neste caso, a alteração da mensagem foi proposital, mas as modificações ocorrem, muitas vezes, à revelia do escritor-emissor.
P – Isso também acontece no noticiário sobre violências?
R – Também. É possível flagrar o automatismo de determinadas mensagens neste tipo de noticiário. Por meio de procedimentos quantitativos e qualitativos, demonstramos, por exemplo, o caráter não-intencional da disseminação de políticas de extermínio, a partir de estruturas discursivas vinculadas a aparelhos repressivos de Estado.
P – O que você chama de discursos automatizados são, portanto, discursos estruturais...
R – Isso. Conseguimos evidenciar, na pesquisa que originou o livro, a emissão não- programada de mensagens – ou discursos. O que é dito a partir também do que não é dito.
P – Pode citar um exemplo?
R – É simples. Se, num determinado dia, ocorrem dez assassinatos de pessoas negras e pobres, e você valoriza um assalto sem conseqüências físicas relevantes contra pessoas brancas e bem situadas em termos socioeconômicos, você está dizendo, sem dizê-lo, que a vida de negros e pobres vale menos que a vida dos brancos e bem aquinhoados...
P – É isso que a análise diz?
R – É uma das coisas que ela diz. Mas o conteúdo em si das mensagens emitidas não é o aspecto mais relevante da pesquisa. Sabemos como os discursos mudam, adaptam-se a circunstâncias, metamorfoseiam-se, renovam-se. Então, não nos interessava evidenciar o que era – ou é – dito "aqui e agora", mas expor os mecanismos duradouros de construção automática, ou estrutural, de determinados discursos.
P – Como o discurso escravista.
R – É. Identificamos ideologias escravistas embutidas em práticas ordinárias, rotinas produtivas, representações e operações aparentemente neutras. E demonstramos como a violência física em Salvador está estreitamente vinculada à violência simbólica do escravismo. Mas demonstramos também que esta violência simbólica é operada de modo automatizado, naturalizado, estrutural, no conjunto da sociedade.
P – Seria o aspecto mais relevante do trabalho?
R – É o que nos parece mais relevante. Como dizia o filósofo francês Michel Foucault, o que faz a especificidade do racismo moderno não está ligado a mentalidades, a ideologias de poder. Está ligado à tecnologia de poder. E esta técnica de poder tornou-se autônoma na sociedade. Independe, hoje, de discursos vertical e linearmente emitidos, a partir de pontos fixos e definidos, ou, dito de outro modo, a partir dos macropoderes.
P – Os macropoderes seriam as classes dominantes?
R – Sim.
P – E quem seriam os micropoderes?
R – Os micropoderes somos nós, sujeitos posicionados nas malhas capilares das estruturas sociais, o que significa dizer a maioria da população. Somos nós que, de modo automatizado e naturalizado, estamos operando o que Foucault chama de "dispositivos de dominação". E enquanto não compreendermos isso, não alcançaremos as transformações sociais que desejamos, porque elas são, sobretudo, culturais.
P – Devemos, então, creditar aos dominados o sucesso do processo de dominação?
R – Em parte, sim. E isso inclui os micropoderes midiáticos. Temos dificuldade de compreender como se dá a reprodução – e, portanto, a produção – da realidade social a partir das narrativas dos meios de comunicação de massa. Sabemos de seu poder estruturante, mas perscrutamos neles discursos ideológicos linearmente emitidos pelos macropoderes. Esquecemos de buscar nos micropoderes as operações de dominação.
P – Por este motivo, a pesquisa privilegiou esta esfera de poderes...
R – Exatamente. Não significa dizer que os macropoderes não sejam responsáveis pelo quadro social em que vivemos. São. E a pesquisa evidencia que o quadro de violências em Salvador está vinculado a uma teia de conhecimentos, práticas e poderes, incluindo os médio e macropoderes. Mas não estão sós. No dia-a-dia, o quadro noticioso sobre as violências é tecido num plano de microrrelações e posições.
P – A partir do discurso ideológico das classes dominantes...
R – Sim. Mas um discurso ideológico incorporado às práticas, às estruturas sociais. E nós, micro e mediopoderes, é que operamos estes dispositivos, apoiando-nos uns nos outros, às vezes convergindo, outras negando-nos, anulando-nos, mas mantendo estes mecanismos em funcionamento. São engrenagens que "Haiti", de Caetano e Gil, expõe, de modo emblemático.
P – Você usa vários exemplos da esfera artístico-cultural para explicar o quadro social. Reflexos de sua trajetória?
R – É. Acabei traçando um paralelo entre as representações dos negros nos espaços artístico-culturais e nos espaços dedicados à cultura da violência. Além disso, os artistas ajudaram-me a recompor a atmosfera de uma cidade repartida, dividida entre "bolhas" e "vãos": Chico César, Caetano, Margareth, Gilberto Gil, Carlinhos Brown... Foi inevitável. Tenho uma história nesta esfera noticiosa, e os artistas são antenas sociais...
P – As "bolhas", representando os espaços dos dominantes. Os "vãos", dos dominados.
R – É isso.
P – Por falar em trajetória, seu livro é fruto da reflexão que nós iniciamos em 2001, com o Movimento Estado de Paz. De lá para cá, a cobertura sobre violência mudou?
R – Muito. Mudou para melhor, e continua a mudar. Especialmente na Bahia, onde o debate começou. Um debate sério, corajoso, envolvendo profissionais, pesquisadores e empresários de comunicação. E este livro é reflexo disso. Desta sensibilização. Não deixa de ser uma resposta a certas investidas dos macropoderes político-partidários que, vez por outra, tentam cercear a liberdade de imprensa, em nome da defesa da sociedade.
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Para maiores detalhes sobre Micropoderes, macroviolências, ouvir entrevista ao vivo da autora à Rádio Metrópole, de Salvador: http://www.radiometropole.com.br/objetos/audios/17-08-08_suzana_varjao.mp3
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Onde encontrar o livro:
Em São Paulo:
Livraria da Editora da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)
Praça da Sé, 108, São Paulo, SP (ao lado do Ponto Zero)
Contato: Maria Antonia
Tel.: (11) 3107-2623
E-mail: livraria@editora.unesp.br
Em Pernambuco:
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Rua Madre de Deus, 0, Recife, Pe
Tel.: (81) 2102-4033
E-mail: livros@livrariacultura.com.br
Pedido on line: www.livrariacultura.com.br
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Avenida Agamenon Magalhães, s/n, Santo Amaro, Recife, Pe
CEP.: 50.100-010
Tel.: (81) 3183-3700
E-mail: sig@upe.br
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Tel.: (81) 2126-8930
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Fax.: (51) 3717-7665
E-mail: book@unisc.br
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Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Edufrn).
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CEP.: 59072-970
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Caixa postal 9018
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Em Minas Gerais:
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Rua Barão de Geremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, Salvador, Ba (ao lado da Faculdade de Comunicação da Ufba).
Contato: Flávia Rosa
Tels.: (71) 3283-6777; (71) 3283-6164
E-mails: edufba@ufba.br; fflaviarosa@gmail.com; credufba@ufba.br
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Rua Barão de Geremoabo, s/n, Campus Universitário de Ondina, Salvador, Ba (andar térreo da Biblioteca Central da UFBA).
CEP.: 40170 115
Contato: Flávia Rosa
Tel.: (71) 3283-6165
E-mails: edufba@ufba.br; fflaviarosa@gmail.com; credufba@ufba.br
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Rua Augusto Viana, s/n, Canela, Salvador, Ba (atrás da Reitoria)
Contato: Flávia Rosa
Tel.: (71) 3283-7075
E-mails: edufba@ufba.br; fflaviarosa@gmail.com; credufba@ufba.br
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Avenida ACM, 148, segundo piso, loja 5, Salvador, Ba
CEP: 41820-908
Tel.: (71) 3431-4181
Editora da Universidade do Estado da Bahia (Eduneb).
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Tel.: (71) 3371-0107, ramal 204; (71) 3117-2200
E-mail: editora@listas.uneb.br
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Rua Anésio Teixeira, 161 – Shopping Boulevard, loja 17, térreo, Salvador, Ba
CEP: 418115-060
Tel.: (71) 3353-0051
Livraria Brasil ACU
Rua da Misericórdia, s/n, Salvador, Ba
[11] * Carlos Ribeiro é jornalista, escritor, professor universitário e autor, dentre outros livros, de Caçador de ventos e melancolias: um estudo da lírica nas crônicas de Rubem Braga http://www.carlosribeiroescritor.com.br
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