Subject: FW: RETRATO FALADO DO MANIACO DO CARRO BRANCO DIVULGUEM !!!
Os maníacos do carro branco
O modo de ação é semelhante: ocupando um automóvel sedã, branco, com um revólver em punho, dois maníacos já raptaram, assaltaram e espancaram pelo menos cinco mulheres em pontos distintos de Salvador, desde 27 de fevereiro. Os dois casos mais recentes ocorreram anteontem, em Itapuã e São Caetano. Uma das vítimas, despida, foi deixada à noite, ferida, em uma estrada no Centro Industrial de Aratu (CIA). Já há retrato falado de um dos suspeitos, feito em março, mas a Polícia Civil está confeccionando novos, a partir de relatos dos casos ocorridos mais recentemente.
Era por volta de 20 horas desta segunda-feira, uma funcionária pública de 24 anos andava para casa, em Mussurunga I, quando dois desconhecidos passaram por ela em um automóvel (acreditase que um Fiat Siena, com película escura nos vidros), retornaram e um dos ocupantes desceu. 'Era magro, cabo verde (pele escura e cabelos lisos), com penteado arrepiado por gel, e me apontou um revólver pequeno, depois me puxou e me jogou dentro do carro', contou a vítima, na 12ª CP (Delegacia de Itapuã).
Obrigada a ficar calada, enquanto recebia tapas e socos – também sob xingamentos e ameaças de que seria morta se não colaborasse –, a jovem foi obrigada a fazer sexo oral com um dos criminosos, enquanto o outro dirigia em direção ao CIA.
'Ele batia e gritava que não era para encará-los', reproduz a delegada Francineide Moura, titular da 12ª CP, em cuja unidade já há quatro inquéritos instaurados de ocorrências semelhantes.
Segundo a vítima, ela não conseguiu se controlar e reagiu, enquanto tinha as roupas rasgadas.
Apesar do espancamento que sofreu, a vítima afirmou no depoimento que os criminosos não consumaram o estupro, e a abandonaram na Estrada CIA/Aeroporto, imediações da localidade de Capelão, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador. 'Roubaram a bolsa dela, gritaram para que entrasse no mato sem olhar para trás, e ainda fizeram um disparo para cima. Disseram que iam deixá-la nua, no escuro, porque reagiu', acrescenta a delegada.
EM SÉRIE –Já por volta de 22h30, na Rua da Goméia, bairro de São Caetano, uma dupla descrita com as mesmas características avistou uma universitária de 20 anos, que andava pelas imediações do 8º Centro de Saúde e de um colégio, também indo para casa. 'As características são as mesmas, carro, tipos físicos e modo de agir. O rapaz magro, que faz o rapto, é muito agressivo. O outro, gordo, face arredondada, parece dar as ordens e orienta o outro ao volante, já que o parceiro não dirige bem', detalhou a delegada da 12ª CP.
Jogada entre os bancos do veículo, a jovem teve de orientar os criminosos para deixarem o bairro, em direção a Campinas de Pirajá, onde circularam por várias ruas semidesertas e escuras.
'Enquanto um dirige, o outro faz barbaridades com as vítimas, violência sexual e espancamento inclusive com coronhadas. Depois revezam, como fizeram em Pirajá: o magro foi pro volante e o outro passou ao banco de trás para estuprar novamente a garota', reproduziu Francineide. Ambos têm entre 25 e 30 anos, e se comunicam usando os apelidos Zé e Brother.
A universitária foi abandonada depois de meia-noite, entre Campinas de Pirajá e BR-324.
Ambas foram medicadas durante a noite (a primeira, socorrida na estrada do CIA e levada a um hospital). Ontem, quando constatada a semelhança nos casos, o de São Caetano foi levado também para a 12ª CP.
'Só aqui tem esses dois casos, mais um da Rua da Ilha, outro da Dorival Caymmi. E tive conhecimento de outro que foi registrado na Delegacia da Mulher, no Engenho Velho de Brotas', revelou a delegada, se referindo aos casos envolvendo, respectivamente, uma universitária de 24 anos e uma estudante universitária e comerciária de 30 anos. A primeira, também abandonada em um matagal no CIA, na noite de 4 de março, contou que, além das agressões e da violência sexual, foi submetida ao constrangimento de ter cocaína disposta em suas costas para que os criminosos cheirassem.
A outra, abandonada na Rótula da Aeroporto, na noite de 27 de fevereiro, também passa por tratamento psicológico. 'O que temos de mais concreto são as informações passadas pelas vítimas, mas sabemos que é um tipo de crime que afeta muito o psicológico das pessoas, o que as impede de ajudar mais ainda', acrescentou Francineide.
Para a delegada, a divulgação dos retratos falados e das características do carro podem contribuir com a investigação. 'Precisamos de ajuda da sociedade, denunciando mesmo que anonimamente.
Estamos cruzando as informações que temos para tirar esses maníacos das ruas'.
LOBATO – Na última semana de maio, uma garota de 16 anos foi estuprada no bairro do Lobato por dois homens que também chegaram em um carro. O crime foi em um matagal nas ruínas entre os colégios da PM e Raimundo Mattos, onde funcionava a antiga fábrica da Lisa – Lobato Industrial, desativada na década de 1970. O caso também pode ter relação com os da Cidade Alta.
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